Estar no mundo, mas não pertencer a ele...

Um velho sufista PenaBranca* cavalgava em cima de seu burrico há semanas pelas cidades, deixando valiosos ensinamentos espirituais, filosóficos por onde passava. Estava exausto, cansado, quando viu uma pequena taberna e resolveu entrar e perguntou ao dono da loja:

- Você já me viu antes?
- Não. Responde o comerciante.
- Então, retruca PenaBranca, como você sabe que sou eu?

No mesmo instante, um bêbado que estava sonolento sentado na mesa responde...

- Essa é fácil! Manda outra!
Nós só existimos dentro do outro. E abriu um singelo sorriso banguela.

E o nerd, com uma caneca cheinha de café, desperado em acumular cada vez mais bits, vai em seu acervo de 3 mil ebooks, muito bem organizados em pastas, subpastas,
foi até Filosofia Hermética, gostava muito, pois isso não era discutido nas faculdades, abriu o arquivo Kaibalion, e sintetizou , sentiu, intuiu, recortou e colou ...

“O Todo é mente, o Universo é mental”

Este princípio contém a verdade que tudo é Mente. Explica que o Todo (que é a realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome universo material, energia cósmica, energia pura, matéria, Deus,etc.) é incognoscível e portanto indefinível, mas pode ser considerado como uma mente vivente, infinita. Ensina também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma criação mental do Todo, em cuja mente vivemos e temos a nossa existência. Este Princípio estabelece a Natureza Mental do Universo, explica todos os fenômenos mentais e psíquicos que ocupam grande parte da atenção pública, e que sem tal explicação, seriam ininteligíveis e desafiariam o exame científico. A compreensão deste princípio hermético de Mentalismo habilita o indivíduo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental, apesar de empregá-la de maneira casual.





*As Maltas eram grupos de capoeiras do Rio de Janeiro que tiveram seu auge na segunda metade do século XIX. Compostas principamente de negros e mulatos (os brancos também se faziam presentes), as maltas aterrorizavam a sociedade carioca
. Serviam para delimitar territórios dos Senhores. Houve várias maltas: Carpinteiros de São José, Conceição da Marinha, Glória, Lapa, Moura entre outras. No período da Proclamação da República, havia duas grandes maltas, os Nagoas e os Guaimums. Penabranca era o principal destaque das Maltas, não se sabe de qual fazia parte. Ao ser contrário a República, conta a lenda que fora derrubado por 20 homens.

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Oleh

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