Nas esquinas do subúrbio
Ou no meio da rua
Sob o Sol
Ou na chuva
Na praça pública
Ou no pé do seu ouvido
Lá no meu esconderijo
Em sala de aula
Ou no templo
ou em qualquer evento
Até mesmo no salão
Ás vezes no centro
Nos blogs, nos zines
ou na hora da novela em reprise...
Seja nas redes ou rodas sociais
Nas comunas rurais
e comunidades virtuais
Na sua caixa de email
Ou por qualquer outro meio
Pregando no trem
Ou no busão
Pode me chamar do que quiser:
De profeta
Louco, vagabundo macumbeiro
Maconheiro esquizofrênico
Mas nunca de covarde
Que pecou pela omissão
Eu sigo no caminho do meio
Reto até o fim
Cumprindo a missão
No alto da laje
Eu levanto a pipa
E acendo o foguete:
Os “hómi” tão chegando!
Eu to aqui de colete
Armado até os dentes
Tranqüilo no consciente
Infantaria de frente
Com espada, armadura
E capacete.
Sem emprego
Mas com muito trabalho
sem patrão
e sem horário...
Quem nasceu pra ser livre
Não aceita ser escravo.
Caneta nervosa
Garganta coçando
Coração aberto
Corpo fechado
Olhos atentos
Punhos cerrados.
Destilando veneno
Trazendo a cura
Só conto pros .i.rmão
Qual é o atalho do caminho
Que leva pra fuga.
Então fuja
Ou venha pra luta.