Samadi


No silêncio do quarto escuro
as respostas sussurradas
num ouvido mudo
os dias e noites
de frio calor
e desordem
escorrem pela janela
deixo a porta entre aberta
as sombras espreitam pelas frestas
entre pulgas e carrapatos
mortos e feridos
num reflexo não refletido
a puta do beck
mendigando por amor
dentro do presídio
com hora marcada
para ter visita íntima
com o sorriso entalado
e as lágrimas da vida.
No avesso do absurdo
sou culpado e inocente
com A alma em fuga
mapeando os labirintos da mente
sem pressa, sem atalhos
com muitos vícios
de rebeldia e tumulto
perdido no território do mundo
vou procurando a essência
no meio de se achar
tudo isso
estou devendo
e ainda levo prejuízo
mas percebo
e ainda sinto
estando morto
ou vivo.




MANDA QUEM É PELASACO, DESOBEDECE QUEM TEM JUÍZO...

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