para não ver o dia
queria conversar com a lua
ouvir o que ela me dizia...
Quando entendo
desaprendo
quando esqueço
me lembro.
De tudo que era pra ser
mas não era para acontecer
pois o observador
já definiu todo o conto
antes mesmo do veículo
ter ficado pronto
para tentar acordar
dentro desse outro sonho.
As escolhas
e atalhos
justificam
o caminho:
ora libertário
ora mecânico;
ora sagrado
ora profano.
Tento entender
o espaço
descobrindo
a agenda.
Atrapalho
o plano
através
do verbo
e com a caneta.
Alivio minha
solidão num mundo
de animais
rabiscando
num papel
em terceira
pessoa...
Nessa corrida de ratos
o felino
ainda não voa...
Pegou carona
com o disco voador
disfarçado de cometa
só assim viu
como eram as estrelas
alinhadas como planeta.
Com os mistérios
entre os dedos
e o sorriso engasgado
na boca
eu me calo
e finjo que tudo
não passa
de um grande faz de conta.
De olhos bem fechados
recebo algumas
migalhas como ajuda...
agradeço e reclamo
pelo dia da colheita
e o da semeadura.
Nesse mundo
de plástico orgânico
onde os corpos se encontram
e as almas perambulam
busco o centro
da roda
como
rota
de fuga...
Minha alma incendeia com o fogo de Prometeus
Já matei o Minotauro
na casa de Zeus.
Ágape, Tanátos, Hades e Netuno
deixem eu beber o vinho de Dionísio
Antes que Shiva destrua o Mundo.
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O mapa não é o território
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Oleh
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