Eu, primata

Descendente de Caim
rebelde nephlin
recebi a adaga
do nobre querubim.
Beijei o olho da serpente
posso enxergar la na frente
traí os ritos
pra disseminar a semente.
Engrenagem da Ordem
de Melquisedec
cada honra
tem quem merece...
De outras vidas
no Egito
o batizado
no rio Nilo
ou cigano pelos caminhos
das índias...
meus grandes amores
reencontro nessa vida
meus desafetos
todos membros da família.
Retirando os véus
da mentira
aprendo a cada dia
no deserto do real
discernir entre uma miragem
e o peso da substância.
Participo da dança
da ilusão
vibrando
no meu próprio ritmo.
Procurando encontrar
o par certo
para transmutar
ao infinito...
As mil e uma noites
desvendando a criação
do paraíso.
Um eterno aprendizado cósmico
da hierarquia celestial
para depois de vários ciclos
evoluir para o super chimpanzé
ou se transformar num pequeno vírus.
E não importa em qual altura
se encontra na pirâmide
nesse jogo de contrastes
e paradoxos
Existem miseráveis de espírito
empanzinando-se no topo
e sábios disfarçados de mendigos.


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Oleh

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1 comentários:

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4 de março de 2010 às 15:52

Suas poesias são excelentes,pois mostram o quanto há inumeras coisas além do superficial!!
Parabéns!!

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