Introdução

Há apenas quatro questões na vida. O que é sagrado? De que é feita a alma? O que vale a pena ser vivido e qual é o motivo pelo qual vale à pena morrer? A resposta é a mesma para todas: apenas o amor.

Hein?!

Da mesma forma que surgem, às vezes, no céu monótono, aparentemente imutável, imprevisto astros temporários, ou fugitivos cometas cujo retorno apenas alguns sábios aguardavam, assim também, em certas datas, passam pela humanidade seres estranhos que prendem a atenção de toda uma época. Não são nem heróis nem conquistadores, nem fundadores de raças ou reveladores de novos mundos; aparecem, brilham, desaparecem, e após sua partida, o mundo aparenta não haver mudado, mas durante sua brilhante manifestação, todos os olhares estiverem presos a eles.

Os sábios se sentiram perturbados por suas palavras; os homens de ação se espantaram de encontrar indivíduos que os dominavam sem esforço; as multidões das gentes simples os seguiram, sentindo reinar neles uma intensidade vital, uma bondade desconhecida, um poder oculto caridoso com suas fraquezas e benfazejo às suas dores…

Na hora em que está morta a religião de um povo, em que a dúvida filosófica penetrou todos os espíritos, em que os homens não buscam na ciência senão o acréscimo de gozos imediatos, e na ciência, senão os meios de consegui-los, e em que a distribuição desigual das alegrias e das dores é agravada pelo longo exercício de uma ordem social sempre insuficiente, essa hora é a que precede uma (r)evolução e também a que vê surgir um destes seres bastante poderosos para galvanizar almas demasiado dolorosas ou excessivamente arruinadas…

Glorificar Deus em si, é reformar seu interior, mortificar-se não por austeridades exteriores, mas por lutas interiores. O trabalho é longo e a paciência necessária; não se alcança sem muitos sofrimentos. Praticar a caridade, vivificar em si a fé pura, sem deixar se desenvolvam as superstições, eis as duas virtudes fundamentais. Penetrar no santuário da natureza é adquirir o conhecimento, não o das ciências humanas, mas a noção direta dos seres, o pleno domínio dos assuntos, a par da prática da caridade…


Como assim?!?

Morrer é realmente difícil. Todos começam com medo disso, mas alguns já vivem além do abismo da morte. Os "espíritos", alguns em carne, outros do tamanho do sol, são a prova viva disso.

O relaxar da morte é mais profundo que o mais profundo sono, mas ainda é acordar. Acordar para a consciência universal, para a possibilidade da vida eterna, da inexistência do tempo, do mais completo orgasmo.

Desafiar os três pontos, desafiar os que mandam em ti e te põe medo - Medo de Viver. Isso é o que importa, é aqui que devemos trabalhar. Aumenta o seu poder pessoal...

Morrer pelo sexo, morrer no trabalho, por comida, pela sorte. Desejando profundamente a morte, de forma que a vida não se torne uma masturbação contida no canto de um banheiro sujo, e sim uma orgia, uma dionisíaca combinação de interações, um intercâmbio de energia com a Deusa Realidade.

Deixando as mênades nos despedaçar, deleitando-se & morrendo com um sorriso inocente nos lábios.

O caixão cheio de vermes é o ovo envolto pela serpente, o universo. Reencarnar para ver TV ou colecionar selos? Não! Viver para iluminar galáxias sem tentar entender o vácuo & consumir-se no traumático reencontro com a Deusa, o vazio.

Lembre-se na hora da iluminação: nenhuma libertação será completa enquanto todos não forem livres. É necessário trabalhar sempre pelo bem de todos os seres. Amor é a lei, Amor sob Vontade.

Já desposei princesas e fui perseguido, mas meu passado é tão sem importância quanto minhas roupas coloridas e rasgadas. Veja como é bela a borboleta azul e a alegria do cachorro, ouça os pássaros por um momento. O que estava dizendo?

Não há lugar para mim, pois todos os lugares são meus. Segui trilhas imaginárias nos desertos gélidos, visitei favelas e nadei em rios lamacentos. Vi inúmeros palácios, me ofereceram até um castelo, mas nenhum me parece tão belo quanto esse que tem por teto o céu e a terra por fundamento.

Mas ainda existe muito que conhecer.

Vi os lábios da mais bela menina essa manhã, eles se moviam em um ritmo muito simétrico, e me diziam palavras sem sentido. Eu respondi com um sorriso e uma pomba pousou sobre ela. Rimos, conversamos e amamos por um tempo, então prossegui meu caminho.

Vêem-me como forasteiro, hippie, ou vagabundo maconheiro, embora eu seja íntimo de todos. Dão-me por título mendigo ou rei, enquanto eu apenas brinco. Crucificam-me ou idolatram: eu apenas brinco.

Os ciganos dizem que eu carrego a Coroa, mas não entendo, não é o leão o rei da floresta?

Caminho dentro desse enorme ovo, desconheço a serpente. Caminho com olhos arregalados e passos estabanados. Os bêbados e os loucos sempre me conhecem, acenam e cantam comigo. Eles sabem o que eu represento, e eu gosto de estar com eles e lhes fazer companhia.


Um menino de cabelos louros brincando com as pedras na beira da cachoeira uma vez me viu e se assustou. Dei pulos e me escondi entre os arbustos, mostrando apenas minha cabeça, e ele gargalhou. Então me aproximei e ele me mostrou dois insetos brigando. Rimos como nunca antes alguém havia rido. Ele me deu uma pedra de presente. Guardei como se fosse o maior tesouro do mundo.

Gosto de falar e me rendo com as palavras.

Não quero seguidores, não tenho respostas. Não sou isso nem aquilo.

Não tenho seita. Não faço parte de nenhum culto.

Apenas costumo recortar e colar aquilo que me toca.

Não me peça fontes. Busque-as. Ninguém é dono de nada, nem de ninguém. Muito menos da informação. Afinal, estamos na Era de Aquário, ou não?

Por isso pegue o quiser e faça como quiser. Mas não fique só preso na cadeira consumindo quilos de kilobytes...

Sim, estou morto para algumas pessoas.

Evita todos os jogos, por isso não me dê ouvidos.

Procura com os olhos puros daquele menino e as florestas ecoarão gargalhadas mais uma vez.

As coisas vão se ajustar como deveriam, "nenhum floco de neve cai em lugar errado".

Bêbados dançarão um som desconhecido em alguma festa suburbana; felizes acharão o controle remoto e ligarás a TV; logo pela manhã esticarás teu corpo e partirás para muitas aventuras. Assim como sempre foi para todo o sempre.

Conquistarás territórios, terminarás relacionamentos, farás provas, terás filhos, almoçarás, irás ao banheiro. Para sempre.

Todo dia saberás o que é o prazer e a dor. Novamente e novamente e novamente.

Todo dia cairás no abismo das imagens enigmáticas do sonho e na inconsciência atemporal do sono. Sempre.

Todo dia, toda vida, todo big bang buscarás transcendência. O berro obstinado que dará no momento do orgasmo como a marca do desespero dessa busca.

Experimentarás morte e vida, ouvirás o pulso do coração. Verás uma luz no fim de um túnel, sairás de um útero. Serás consumido por vermes e darás substrato a mais uma árvore.

Rirás do absurdo que te comanda. Chorarás pelo teu destino de liberdade.

A roda gira. Nunca encontrarás o eixo com toda essa ânsia.

Ou talvez sim.

Quem escolhe se existe escolha?

Nesta dualidade estabelecida no papel, quem estabelece a transcendência, o que é, para quê, com quem?

Escritor ou leitor?

É impossível revelar a natureza da grande obra, por isso eu clamo que não perguntes: BASTA DE PORQUÊ.

"O caminho existirá?", ora me dizes!

"Preste atenção daqui em diante." É só o que posso responder!

Trabalhe sempre com os olhos fora de foco, não tenhas apego.

Pois puro querer, desaliviado de propósito, liberto da ânsia de resultado, é de todo perfeito.

És puro. Vives na Casa de Deus. Tens o cálice. Ouvistes o berro da borboleta.

Por isso tudo podemos ser amigos. Mas não chupe o meu saco.

Nem mão esquerda, nem via da direita.

Misturo tudo e faço a minha oferenda.


FNORD!

Bodisatva

Alguém que retarda seu próprio Nirvana para aliviar o sofrimento de todos os outros seres com atos de amor e compaixão. Para alguns equivalente de Illuminati, para outros antítese.


A princípio aquilo do que duvidamos. Porém, segundo os preceitos xamânicos, aquele que está certo de algo está sendo enganado pelos Illuminati. Portanto o que nos deixa em dúvida passa a ser mais real, por ser mais cheio de possibilidades e amplo, do que aquilo de que estamos certos. De fato quando a dualidade, que por si só é a origem de toda a falsidade, realidade-ilusão (yin-yang, objeto-observador etc.) é transcendida é que realmente vemos (somos) o mundo.

Nós somos o sistema. Os Illuminati estão em nosso sistema nervoso. O grande olho está a ti observar, e a ilusão é a realidade temporal que está com seus dias contados...

És livre. És escravo.


No .i.ntento


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Oleh

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