desabo em desabafo sem afago e vago...

Fugindo do menino
se escondendo do inimigo
entre a cruz e a espada
sou justo e canalha.
Mais um comédia da vida privada.

O que está no alto
se reflete no asfalto
a vida imita a ficção
crianças agora preferem o vilão
sinto o cheiro
e confundo a emoção
me sinto só no meio da multidão.
vamos seguindo a canção
ao virar os "oínho"
se diz eu te amo
se esquece do perdão...
semelhantes se tornam estranhos
por não enxergarem
o que se tem dentro do coração.

Ninguém fala mais a mesma língua
é difícil nao perder a linha
nessa loucura que se tornou a vida...
cada um buscando sua própria saída.

Um turbilhão de emoções
de gestos e falsas conclusões
não entendo o que sinto
me perco quando minto
fujo de mim,
não consigo por em prática
tudo que digo
em meio a essa contradição
na confusão da matéria com o espírito
preciso de grana pra construir meu abrigo
sou um quebra cabeça fictício
um átomo vazio
a procura do divino.

As horas caminham rápido
tudo que pego
escorre pelos dedos...
Oh Saturno senhor do tempo!
Não deixe eu consumir meu próprio veneno
quero sentir o mundo
pagar pelos meus erros.

É muito fácil oferecer conselhos
com a casa arrumada
julgar as aparências
com convicções pré fabricadas
enquanto isso
vou vivendo e aprendendo
melhor ser morto enquanto vivo
do que vivo mas morto por dentro.



"A quem muito lhe foi dado, muito lhe será cobrado, a quem nada lhe foi dado, até isso lhe será tirado."

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Oleh

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